quinta-feira, 14 de julho de 2011


Tentei recordar e buscar na memória algumas lembranças particulares relacionadas ao ensino e aprendizagem da arte e acho que nesta busca se mesclam momentos em que houve aprendizagem e outros que nem tanto, fazendo até travar minha criatividade e liberdade criadora.

No ensino fundamental lembro-me dos repetitivos desenhos livres, na qual não conseguia desenvolver as habilidades do desenho de forma criativa, apesar de gostar do desenho. Foram poucos os recursos utilizados pelas professoras que tive, para motivar os alunos e não havia estímulo, um contexto, era tudo muito solto, descontextualizado e monótono.

Além disso, havia a técnica do pontilhismo, do trabalho com retas e linhas curvas, mas tudo muito mecânico, objetivando cópias e repetições. As cores primárias, secundárias e terciárias e a mistura de tintas e as atividades relacionadas às datas comemorativas. Ainda haviam as dobraduras e também lembro de uma vez que construímos um crucifixo com palitos de fósforo.

Em casa desenhava muito, visualizava um desenho ou uma paisagem qualquer e saia desenhando, mas em algum momento ocorreu alguma coisa, houve um bloqueio que me fez perder o prazer pelo desenho. Até hoje não lembro o que ocorreu, mas gostaria de resgatar isto, pois somente quando ingressei no curso de Artes Visuais me aventurei novamente nesta área e vi que sou capaz de aprender e desenvolver as habilidades para o desenho, que é uma questão de treino e perseverança.

No segundo grau estudei em uma escola de freiras, bem tradicional, mas lembro que adorava as aulas de pintura em tela, canto e teatro, mas em nenhum momento lembro-me de serem apresentados para nós grandes artistas da pintura, obras consagradas e o contexto na qual foram criadas.

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