quinta-feira, 14 de julho de 2011

No sopro do tempo


“NO SOPRO DO TEMPO”


Para este último vídeo, novamente resolvi buscar cenas que de alguma forma estão atreladas ao ritmo de vida que estou vivendo. Pessoas apressadas na estação do trem de POA ou simplesmente caminhando pela rua e sobrepostas à elas uma árvore que balança ao vento. Não escolhi um áudio com música. Preferi manter o som original do vento, que tem o seu próprio tempo e ritmo.

Organizei o ritmo das imagens do vídeo de acordo com o meu ritmo atual, que, diga-se de passagem, está muito acelerado, as vezes inconstante ou quase incontrolável.

Quantas pessoas caminhando, quantos rostos e expressões diferentes, quantos pensamentos sendo elaborados, quantos olhos a se cruzarem, quantas histórias sendo construídas, quantos sonhos almejados, quantos destinos a serem alcançados. São pessoas que vem e se vão, que ficam, que passam e param.

Como aquelas pessoas do vídeo, vou e volto dos lugares com tanta rapidez que não percebo a beleza nas pequenas coisas do cotidiano, passo olhando para as pessoas sem estar as percebendo de verdade, correndo contra o relógio para dar conta dos compromissos.

As vezes penso em entregar os pontos, cansada, estressada, mas aí uma boa noite de sono e um minuto de conversa com alguém imensamente abençoado, me faz começar tudo outra vez.

O tempo passa...as vezes quero que ele pare, que acelere. Os ponteiros do relógio são segundos de descanso, minutos de reflexão, horas de estudo e trabalho, dias para reorganização do tempo, meses de momentos da vida que se vão e que poderiam ser sido melhores ou piores, anos de aprendizado, vivência e de concretização de uma infinidade de objetivos a serem alcançados.

Em contrapartida é este tempo que me mostra o quanto estou viva e que o vento naquela árvore do vídeo traz uma vontade de ficar a toa, sentindo um acariciar da brisa no rosto, que enlace e acaricie meus cabelos, simplesmente sentir, sem pensar em coisa alguma e só depois, continuar vivendo esta vida, antes que o relógio do tempo dispare.

Assim como nós o vento passa por fases e momentos de calmaria, brisas suaves ou ritmos de velocidade incomparáveis. O vento e as pessoas, cada qual com o seu tempo, se cruzando, num ritmo diferente, se tocando, se transformando e tudo tocando.

Em muitas ocasiões desejo que o dia seja maior para dar conta de todos os compromissos. São tantas as atribuições e ocupamos o tempo de tal forma que o tempo se torna escasso...ou será que não sabemos administrá-lo? É, acho que é isto, precisamos ter prioridades e escolher o que é primordial realizar com o tempo que temos disponível e é por isto que chega de escrever...meu tempo é curto, escasso e deve ser bem aproveitado. Vou seguindo, no sopro do tempo.

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