quinta-feira, 14 de julho de 2011

Análise Crítica do Livro Cinema, Vídeo, Godard, de Phillipe Dubois

Análise Crítica do Livro Cinema, Vídeo, Godard, de Phillipe Dubois

Phillipe Dubois, no livro Cinema, Vídeo, Godard, Phillipe Dubois propõe uma reflexão a cerca das mudanças, transformações e avanços à respeito do cinema, nos trazendo informações sobre a criação audiovisual e os desafios da mídia televisiva.

Através de estudos, pensamentos e resgate da história do cinema e do vídeo, Dubois propõe uma leitura mais introspectiva, nos levando a perceber questões relacionadas ao período inicial, intermediário e atual do cinema e do uso das mídias de informação e tecnologias como o computador, o qual ocupou uma importante posição, modificando o papel do cinema e os resultados alcançados e as projeções audiovisuais atuais, imersas em um período contemporâneo em que o mercado e seus interesses banalizam a criação audiovisual.

Discorre sobre as muitas transformações tecnológicas, estéticas e ontológicas vividas pelo cinema diante das inovações.

O próprio Dubois se considera alguém pertencente aos dois mundos, ou seja, não sendo apenas dos cinéfilos ou dos computadores, mas pertencente aos dois.

Pode-se dizer que o vídeo é mais democrático, pois todos tem a possibilidade de criar e acessar, basta que se tenha uma câmera na mão e uma idéia na cabeça, não necessitando se restringir à narrativas ficcionais de formato tradicional, ou a documentários.

Apresentação

“O cinema é uma forma de pensamento”

“O cinema como forma de interpretação do mundo.”

“O filme como uma manifestação teórica na tela.”

Na atualidade, o cinema não é restrito à contemplação, pois o espectador assume uma postura mais ativa, enxergando as diversas possibilidades, verificando os diversos pontos de vista e participando do contexto de significação da obra.

Os dias atuais possibilitam que o espectador passe a ser um produtor das diversas formas de interpretar o mundo conforme a sua visão, através da criação e da utilização das tecnologias disponíveis.

Através dos recursos audiovisuais percebemos temas e situações presentes no nosso meio, há a possibilidade de fazermos ligações com o mundo real, pois nele estão imersos e representados as emoções e pensamentos.

Vemos no vídeo o pensamento de alguém mostrado e construído com imagens. Quem o constrói pensa, reflete, experimenta e propõe que vejamos um pouco de si e do mundo que ele representa. É fruto de um estudo, uma mescla de conceitos e idéias e significados.


Introdução

“O imaginário cinematográfico está em toda parte e nos impregna até em nossa maneira de falar ou de ser”

“Um modo de respirar em imagens, de esposá-las, de lançar questões e tentar respondê-las”.

“Creio que só podemos pensar o vídeo como um estado, um estado do olhar e do visível, maneira de ser das imagens”.

Pode-se dizer que o vídeo assume múltiplas facetas, podendo assumir a forma de obra, objeto, imagem, instalação, processo... Sendo então um estado que possibilita a percepção de que não basta vê-lo, mas senti-lo.

O importante é a transformação realizada pelo cineasta no tratamento das imagens para que estas se tornem reflexivas, não cabendo julgar de onde estas imagens provêm se do visível ou do artificial.

O vídeo nos permite representar e pensar o mundo, visto que através das imagens podemos incessantemente refletir e como diz Dubois, caracterizar o vídeo como um estado.

O mundo contemporâneo permite que o vídeo esteja cada vez mais presente como instrumento e elemento de reflexão, apreciação e questionamento. Temos então, a missão de não nos desviarmos do papel de críticos, assumindo uma postura mais ativa, saindo do estado de simples espectadores, para nos transformar-mos em produtores.

Este leque de possibilidades faz do vídeo um importante instrumento da contemporaneidade, fazendo das criações audiovisuais elementos questionadores em que o espectador não encontra respostas prontas, mas sim interrogações, devendo buscar soluções e conclusões a partir do que observa e percebe.

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