Após assistir ao vídeo "Ser professor no contexto atual" e acompanhar algumas idéias que a professora Maria Helena Wagner Rossi colocou, referente à grandes pensadores da área da educação, destaco as idéias que mais fizeram-me refletir:
"A criança não está sendo preparada para a vida atual!"(john Dewey)
É necessário se ter claro o tipo de adulto que se quer formar. As necessidades atuais, não são as mesmas de anos atrás, o aluno não é mais o mesmo. Nossa ação deve promover a construção da criticidade e autonomia.
"Deve-se integrar os problemas do cotidiano ao currículo!"(Edgar Morin)
Não há ensino significativo se não estiver contextualizado. O ensino fragmentado não passa de simples repasse de conteúdos que em nada promovem a aprendizagem motivadora e permanente do aluno.
"O professor aprende ao longo da carreira, portanto, o aprendizado não termina no final da faculdade!"(Philippe Perrenoud)
Apartir dela é que inicia o verdadeiro aprendizado. Até porque, em muitos casos, há uma distância muito grande entre o que é ensinado na faculdade e a realidade escolar. A teoria é imprescindível, porém sem a prática, torna-se vaga.
"Professor reflexivo é o professor que pensa sobre sua prática!"(Antônio Nóvoa)
Pensar em nossa prática é fazer dela um objeto de pesquisa constante. É preciso olhá-la como se estivesse de fora, como simples observador, desprendido de teorias, reorganizá-la dia após dia, formulando o seu próprio fazer, sendo flexível às mudanças.
"Existem questionamentos indispensáveis ao fazer pedagógico: Sei lidar com a heterogeneidade?, ...Será que não estou ensinando à todos da mesma forma?"(Tania Marques)
Cada ser é único e portanto, tem uma maneira particular de aprender. No processo de ensino-aprendizagem, se faz necessário respeitar o ritmo e o histórico de cada aluno, assim como, estimular o crescer e o aprender na diferença.
A Educação e o "ser professor" atualmente, requer um desafio constante.
Hoje, mais do que em qualquer outra época, devemos nos munir da pesquisa, da análise, da reflexão, da troca e da interpretação da realidade em que estamos inseridos. Utilizando estas ferramentas, principalmente na comunidade escolar em que trabalhamos, poderemos compreender as necessidades, possibilidades e dificuldades do nosso aluno. Não há separação entre escola e comunidade, mas sim, uma extensão em que ambas convivem e se influenciam mutuamente. Unindo vida e Educação, alcançaremos um ensino que estimulará os alunos a querer aprender. Agindo desta forma, descartamos o ensino fragmentado, que não passa de simples repasse de conteúdos sem sentido. A verdadeira aprendizagem acontece quando há relação entre o aluno e o objeto de conhecimento. Cabe ao professor, através de uma prática contextualizada, estimular a criticidade do aluno, promover a sua autonomia, para que ele sinta-se parte deste aprendizado e seja capaz de interferir em sua realidade.
Sendo o professor um impulsionador/mediador do desenvolvimento do aluno, deve então permanentemente se apropriar de diferentes conhecimentos que possibilitem a construção de propostas educacionais de qualidade e que concretizem o conjunto de metas, desafios e conquistas a serem alcançados. À ele, devem ser oportunizadas especializações por áreas de interesse, participações em seminários, cursos, palestras, oficinas, sendo que estas, devem ir de encontro`as ansiedades e dúvidas referentes às situações reais vividas em sala de aula. Quanto mais momentos de troca e estudo, mais serão estimuladas as práticas reflexivas, análise de sua ação e diagnóstico dos resultados que estão ou não sendo atingidos. O envolvimento deve ser coletivo, podendo iniciar dentro da própria escola em reuniões. A troca pode ser feita, a qualquer momento. Basta querer. Pode se dar numa conversa no intervalo, com uma sugestão de livro, troca de materiais, na leitura e comentário de uma reportagem de jornal, na discussão de um problema de indisciplina, na divulgação de uma atividade que foi significativa em sala. O importante é ser inquieto, sentir-se incompleto e desbravador deste tema tão e sempre atual: "O ser professor!"
Tendo conhecimento do que queremos, do aluno que temos, da realidade em que estamos e dos recursos de que dispomos, teremos clara, a forma de desenvolver a ação educativa. Diariamente, temos que nos questionar: Meu aluno está aprendendo?, Como ele aprende?, O que posso mudar para ajudá-lo?, Quais objetivos estou atingindo?, O que motiva meu aluno?, Estou atingindo à todos?
Concluindo, esta é a porta para o "ser professor". Acreditar em seu trabalho, no aluno e na construção conjunta da aprendizagem. Professores e alunos aprendem e ensinam. É uma troca insubstituível. Hoje, os interesses são bem diferentes dos que tínhamos anos atrás, as motivações são outras. O que somos atualmente, é herança não só da família, mas também do modelo de escola do qual participamos. Que herança queremos deixar aos nossos alunos? Talvez, a busca insensante pelo conhecimento, uma postura de reflexão crítica da sociedade, a convicção de que mudanças são possíveis, a compreensão de que a educação é uma forma de interferir no mundo e a lembrança de que o tempo dedicado à eles, foi de dedicação e paixão pela profissão.
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